Via glicolítica
- ATP do amor
- 8 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de nov. de 2018
Você também é estudante e está quebrando a cabeça com essa rota metabólica? Fique tranquilo, nós iremos te ajudar! Vem com a gente...
Metabolismo da glicose- Aula 2
A glicose é a principal fonte de energia do organismo vivo e grande quantidade do açúcar no nosso corpo, é ingerido através da alimentação como carboidratos, amido, lactose, sacarose, entre outros, que por sua vez, são digeridos no trato gastro intestinal até o açúcar se transformar, se oxidando até gerar energia e ser enviado a todos os tecidos.
A palavra glicólise vem do grego glykys, que significa “doce” ou “açúcar”, e lysis, “quebra”. Portanto, é uma via central, quase universal do catabolismo da glicose, também é considerada a via com o maior fluxo de carbono na maioria das células, é a maneira mais importante de liberar energia da molécula de glicose (C6H12O6), que ao entrar na via glicolítica, será oxidada para fornecer energia, pela divisão da molécula de glicose de modo a formar duas moléculas de piruvato.
Entenda agora, passo a passo, tudo sobre esta via!
Para iniciarmos, é importante saber que a glicólise ocorre no citoplasma da célula e pode ser em dois processos: Anaeróbio e Aeróbico.
No Anaeróbio, ocorre na ausência de O2 (Oxigênio), fazendo então, com que haja a fermentação, que é capaz de gerar 2 ATP´s. Já no meio aeróbico, ocorre quando há O2 disponível, e nele, ocorre a oxidação completa.
Nesta via, também usa-se duas coenzimas (auxiliam as enzimas): NAD+ e FAD.
A via glicolítica pode ser dividida em duas partes, a primeira dela é a ETAPA PREPARATÓRIA ou INVESTIMENTO DE ENERGIA, na qual, a glicose é fosforilada, originando duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. Nesse momento, é preciso utilizar (investir) dois ATP´s para que haja ativação.
A segunda etapa, é a fase de recuperação de energia, portanto, ao final, são produzidos 4 ATP´s, mas o saldo é de 2 ATP (com 3 carbonos cada) pois, os outros dois foram usados anteriormente.
Sequências de reações: ENZIMAS:
1. Hexoquinase
2. Glicose-6-fosfato isomerase
3. 6-fofofutoquinase
4. Frutose-bi-fosfatoaldolase
5. Triosefosfato-quinase
6. Gliceral-3-fosfatodesidrogenase
7. Fosfoglicerato-quinase
8. Fosfoglicerato-mutase
9. Fosfopiruvato-hidratase
10. Piruvato-quinase
Ao final da via, conclui-se portanto, que será produzido, 2 piruvatos com 3 Carbonos cada, 2NADH e 2 ATP. Os ATP´s produzidos como saldo, é usado na próxima glicólise (via glicolítica), enquanto os piruvatos e os NADH, entram na mitocôndria e vão para a próxima etapa, o Ciclo de Krebs.
A glicólise no entanto, não tem intenção de gerar energia, já que, ela gera muito pouco ATP, seu intuito é produzir outras moléculas. Estas moléculas podem ter 4 caminhos diferentes, dependendo da presença ou ausência de O2 e das outras enzimas que existirem na via.

A transformação mais comum após o Acetil-CoA, é a redução do piruvato à lactato, que também é muito importante nesta via, já que, há algumas células que são anaeróbias e só respiram através da via glicolítica, como por exemplo: As hemácias, cristalino, córnea, músculos em exercícios intensos, entre outros.
As hemáceas, só respiram por glicólise, pois, elas não possuem mitocôndria, ou seja, não tem como o Acetil- CoA chegar até ela, então, o lactato é a sua única opção de respiração, esse processo é conhecido como fermentação láctica. Os músculos em intenso exercício é outro exemplo fácil de se entender, quando nós corremos, a produção de lactato aumenta, porque o músculo não consegue receber Acetil-Coa suficiente para fazer a respiração, a solução então, é produzir lactato que é mais rápido de ser produzido do que o Acetil-CoA. Apesar do aumento do lactato fazer com que nosso músculo doa, é essencial que haja esse aumento para que ele respire. Esse excesso de lactato, é removido pelo fígado e lá, passa pela via de gliconeogênse, se convertendo novamente em glicose.
Obs: Algumas vezes, esse processo pode ocorrer em fungos, chamado de fermentação alcoólica, pois, o piruvato origina o acetaldeído, que origina em seguida o etanol.
Abaixo, dois exemplos de via glicolítica (glicólise) para você poder estudar!


FATECI (faculdade de tecnologia intensiva)
Referências bibliográficas:
FATECI (faculdade de tecnologia intensiva)
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall.Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
NELSON, David L.; COX, Michael M. Lehninger Princípios de Bioquímica 4. ed. São Paulo: Savier, 2007.
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
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